quarta-feira, 2 de junho de 2010

Saudades!...


A morte não é tudo.
Não é o final.
Eu apenas passei para a sala seguinte.
Nada aconteceu.
Tudo permanece exatamente como foi.
Eu sou eu, você é você, e a antiga vida que vivemos tão maravilhosamente
juntos permanece intocada, imutável.
O que quer que tenhamos sido um para o outro, ainda somos.
Chame-me pelo antigo apelido familiar.
Fale de mim da maneira que sempre fez.
Não mude o tom.
Não use nenhum ar solene ou de dor.
Ria como sempre fizemos das piadas que desfrutamos juntos.
Brinque, sorria, pense em mim, reze por mim.
Deixe que o meu nome seja uma palavra comum em casa, como foi.
Faça com que seja falado sem esforço, sem fantasma ou sombra.
A vida continua a ter o significado que sempre teve.
Existe uma continuidade absoluta e inquebrável.
O que é esta morte senão um acidente desprezível?
Porque ficarei esquecido se estiver fora do alcance da visão?
Estou simplesmente à sua espera, como num intervalo, bem próximo, na outra esquina.
Está tudo bem!”


Seu Jonas, te amei como um pai e você foi realmente um pai para mim.
Você só nos deixou coisas boas e obrigado por tudo que fez por mim;
você foi maravilhoso em tudo que fez, pai, sogro, avô, amigo...
Eu tenho certeza que esse laço não acaba por aqui,
ainda vamos nos encontrar em outro plano;
a saudade a cada dia aperta nossos corações,
o que nos conforta é saber o quanto você foi amado e o quanto nós,
noras e filhos, queremos honrar os seus desejos e
seguir tudo que você nos ensinou.
Nunca tive a oportunidade de dizer o quanto eu te amei
como um sogro e pai...

Fernanda.