terça-feira, 2 de agosto de 2011

Como foi o processo de evolução na produção das calcinhas e sutiãs!

Dos pesados tecidos que cobriam grande parte do corpo feminino aos modelos que modelam o corpo feminino, os sutiãs e as calcinhas passaram por uma verdadeira revolução. Se antes as peças reprimiam os movimentos das mulheres, hoje elas nem sentem que estão com o acessório. E nesse meio tempo, muitas novidades surgiram gradativamente. Quer saber o que mudou? Confira abaixo os principais destaques desta evolução extraídos do glossário da lingerie, preparado pela Invista e pela Lycra.


Século XV ao XVIII
Há quase 500 anos, o conceito de calcinha passou a ser divulgado no mundo. Na verdade, um calção na altura dos joelhos e uma blusa de alça, ambos arrematados por uma camisola, eram as peças que as mulheres usavam sob os vestidos. As mais antigas registradas foram criadas no período Tudor (entre 1485 e 1603), na Inglaterra.

Século XVIII
As mulheres passaram a usar calçolas (uma espécie de short), calças, pettucoats (tipo de saia) e armações de arame. Com a Revolução Industrial e, claro, com a proliferação das máquinas de costura, elas passaram a comprar suas lingeries nas lojas. A estampa já era comum.

Século XIX
Na segunda metade do século, a opção era usar as famosas ceroulas e calças bufantes com renda debaixo de uma coleção de saias. O charme, especialmente na era vitoriana (1837-1901), era a combinação da calça com as saias e os vestidos.


Da esquerda para a direita, evolução entre os séculos XV e XX


Século XX
Década de 1910

O francês Paul Poret criou modelagens inovadoras, colocando a cintura abaixo

dos seios, e decretou o fim dos espartilhos. Já Mary Tucek criou uma peça

com bojos separados, alças nos ombros que eram presas na parte de trás por

colchetes, marcando o nascimento do sutiã.

Em 1914, Mary Phelps une lenços

de se com faixas, patenteia o produto e inicia o comércio da lingerie.

Décadas de 1920 e 1930
Surge o modelo composto por dois triângulos de tecido presos a um

elástico que passava sobre os ombros, cruzava nas costas e abotoava

na frente. O Brasil começa a vender sutiãs próximo ao nascimento

do náilon. Como os peitos empinados estavam em alta, chega ao

mercado, em 1935, o primeiro sutiã com bojos e pespontos circulares

Década de 1940
Surge o enchimento com espuma. As facilidades do náilon

(secar rápido, não amassar e deixar a pele mais leve)

tornaram os principais atributos dos sutiãs. A partir da II Guerra Mundial,

as mulheres precisavam de roupas mais práticas, por isso passara a usar

calças compridas. Os calções, com isso, encolhem.

Década de 1950
É lançado o sutiã feito com duas almofadas de ar, que dava o efeito de

‘seios-globo’ e o modelo ‘peito de pomba’, com alças que se prendem à

ponta da armação, quase no limite das axilas. Nasce o fio lycra

. As estrelas de cinema mostram na tela como a mulher poderia

usar a lingerie como arma de sedução.


Da esquerda para a direita, evolução das décadas de 1920, 1940 e 1960


Décadas de 1960 e 1970
Surge a cinta-liga para segurar a meia-calça 7/8, ampliando as opções

de roupas íntimas. A alça elástica também é lançada na década de 1960.

Tecidos transparentes e as rendas começam aparecer em 1970,

com novos designs e tecidos diferentes para os sutiãs e calcinhas.


Mudanças entre as décadas de 1980 e 2000 (direita)

Décadas de 1980 e 1990
A cantora Madonna lança o conceito do sutiã como peça que pode ser

usada sobre a roupa. Os tecidos ficam mais finos, como uma segunda pele,

e os modelos sem costura são a novidade, assim como a lingerie esportiva.

A calcinha com formato de tanga também está em alta.

Décadas de 2000 e 2010
Destaque para as peças sem costura e com tecidos tecnológicos,

que estão cada vez mais finos, sempre associados à microfibra e à

tecnologia do fio lycra. As modelagens das calcinhas

com laterais largas

e cintura baixa estão com tudo. Passa-se a usar acessórios, como cristais,

botões, entre outros. Lançamento do sutiã com ‘efeito silicone’ é capaz de

levantar e juntar os seios.

( via Ig Moda )