Há quase 500 anos, o conceito de calcinha passou a ser divulgado no mundo. Na verdade, um calção na altura dos joelhos e uma blusa de alça, ambos arrematados por uma camisola, eram as peças que as mulheres usavam sob os vestidos. As mais antigas registradas foram criadas no período Tudor (entre 1485 e 1603), na Inglaterra.
As mulheres passaram a usar calçolas (uma espécie de short), calças, pettucoats (tipo de saia) e armações de arame. Com a Revolução Industrial e, claro, com a proliferação das máquinas de costura, elas passaram a comprar suas lingeries nas lojas. A estampa já era comum.
Século XIX
Na segunda metade do século, a opção era usar as famosas ceroulas e calças bufantes com renda debaixo de uma coleção de saias. O charme, especialmente na era vitoriana (1837-1901), era a combinação da calça com as saias e os vestidos.
Da esquerda para a direita, evolução entre os séculos XV e XX
Século XX
Década de 1910
O francês Paul Poret criou modelagens inovadoras, colocando a cintura abaixo
dos seios, e decretou o fim dos espartilhos. Já Mary Tucek criou uma peça
com bojos separados, alças nos ombros que eram presas na parte de trás por
colchetes, marcando o nascimento do sutiã.
Em 1914, Mary Phelps une lenços
de se com faixas, patenteia o produto e inicia o comércio da lingerie.
Décadas de 1920 e 1930
Surge o modelo composto por dois triângulos de tecido presos a um
elástico que passava sobre os ombros, cruzava nas costas e abotoava
na frente. O Brasil começa a vender sutiãs próximo ao nascimento
do náilon. Como os peitos empinados estavam em alta, chega ao
mercado, em 1935, o primeiro sutiã com bojos e pespontos circulares
Década de 1940
Surge o enchimento com espuma. As facilidades do náilon
(secar rápido, não amassar e deixar a pele mais leve)
tornaram os principais atributos dos sutiãs. A partir da II Guerra Mundial,
as mulheres precisavam de roupas mais práticas, por isso passara a usar
calças compridas. Os calções, com isso, encolhem.
Década de 1950
É lançado o sutiã feito com duas almofadas de ar, que dava o efeito de
‘seios-globo’ e o modelo ‘peito de pomba’, com alças que se prendem à
ponta da armação, quase no limite das axilas. Nasce o fio lycra
. As estrelas de cinema mostram na tela como a mulher poderia
usar a lingerie como arma de sedução.
Da esquerda para a direita, evolução das décadas de 1920, 1940 e 1960
Décadas de 1960 e 1970
Surge a cinta-liga para segurar a meia-calça 7/8, ampliando as opções
de roupas íntimas. A alça elástica também é lançada na década de 1960.
Tecidos transparentes e as rendas começam aparecer em 1970,
com novos designs e tecidos diferentes para os sutiãs e calcinhas.
Décadas de 1980 e 1990
A cantora Madonna lança o conceito do sutiã como peça que pode ser
usada sobre a roupa. Os tecidos ficam mais finos, como uma segunda pele,
e os modelos sem costura são a novidade, assim como a lingerie esportiva.
A calcinha com formato de tanga também está em alta.
Décadas de 2000 e 2010
Destaque para as peças sem costura e com tecidos tecnológicos,
que estão cada vez mais finos, sempre associados à microfibra e à
tecnologia do fio lycra. As modelagens das calcinhas
com laterais largas
e cintura baixa estão com tudo. Passa-se a usar acessórios, como cristais,
botões, entre outros. Lançamento do sutiã com ‘efeito silicone’ é capaz de
levantar e juntar os seios.
( via Ig Moda )